quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Abusos sexuais: tolerância zero, recorda o cardeal Salazar Gómez.


O cardeal Rubén Salazar Gómez, arcebispo metropolitano de Bogotá (Colômbia), lançou um forte apelo a denunciar – não somente aos bispos – os casos de abusos sexuais do clero.
 
“O convite é a denunciar quando souberem de algum destes casos. Sem denúncias, é impossível proceder. É preciso denunciar às autoridades civis. Que não se contentem com denunciar somente ao bispo ou à autoridade eclesiástica correspondente, mas que recorram também às autoridades civis.”
 
Em declarações divulgadas pela imprensa colombiana durante um fórum multisetorial sobre reconciliação nacional, Dom Gómez destacou: “A posição da Igreja diante dos casos de pedofilia cometidos por sacerdotes e membros da Igreja é perfeitamente clara: tolerância zero”.
 
O disparador da pergunta, durante a coletiva de imprensa do cardeal colombiano com a mídia do seu país, foi a publicação de uma coluna jornalística na qual se denunciam dois irmãos padres que moram em Guaviare, e que teriam abusado sexualmente de uma pessoa menor de idade por um longo tempo. 
A respeito disso, o cardeal Gómez disse que, até aquele momento, o bispo de Guaviare, Dom Francisco Nieto, não havia recebido nenhuma denúncia a respeito destes sacerdotes. Porém, acrescentou, a Igreja não se calará nem permanecerá em silêncio: “O silêncio aqui se torna realmente trágico e cúmplice de um verdadeiro desastre”, disse.

O cardeal Gómez insistiu no apelo a denunciar os casos de abuso sexual contra crianças, não somente os cometidos por padres, mas por qualquer pessoa.
 
“Temos de denunciar, evidenciar estes crimes, não somente nos casos que ocorrem dentro da Igreja, mas na vida do povo em geral. Infelizmente, na Colômbia há um absoluto desconhecimento dos direitos das crianças e jovens; e neste campo dos abusos sexuais, há coisas realmente lamentáveis”, concluiu o purpurado colombiano.

O caso mais recente foi o do legislador Jaime Alonso Vásquez, que foi sacerdote e está suspenso, devido à sua participação na política.
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Fonte: Aleteia

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